sábado, 3 de dezembro de 2011

Amamentar em livre demanda

Essa postagem carrega uma experiência minha que me marcou muito, e infelizmente de forma negativa, o que me deixou e me deixa até hoje muito triste pois tive um grande insucesso na amamentação. Eu não era a favor da livre demanda e já tinha lido muito sobre a imposição de uma rotina nos horários de mamar do bebê e estava segura de que isso era o melhor caminho.
Hoje, posso dizer com toda certeza, que a tentativa precoce de uma rotina na amamentação me deixou muito nervosa e frustrada e contribuiu em muito para o desmame precoce de meu bebê (aliado à falta de orientação / apoio profissional; cansaço e estresse).

"Livre demanda é deixar o bebê mamar quando e quanto ele quiser, seja por fome, necessidade de sucção ou simplesmente saudade. Ele que determina quando quer mamar e quanto tempo quer mamar. Livre demanda é deixar o bebê no seio até ele ficar satisfeito e soltar o seio espontaneamente. Livre demanda é dar o peito sempre que o bebê tiver fome, o que não significa que todas as vezes que ele chora, ele está com fome. Pode estar precisando apenas de colo, de contato físico e o peito pode seroferecido como conforto para essas situações também. Livre demanda éamamentar sempre que o bebê e/ou a mãe tiverem vontade. Na livre demanda não existe regra, cada bebê faz o seu ritmo. O bebê acaba criando uma rotina espontaneamente, mas vai ter dias em que elev ai mamar com muito mais freqüência e dias em que vai mamar menos. Se o dia estiver quente ele pode querer mamar mais, se estiver cheio de novidades pode querer menos.

Nos primeiros três meses a livre demanda tem especial importância, pois a produção de leite está se estabelecendo perante as necessidades do bebê e colocar horários neste período pode serperigoso para o estabelecimento da produção futura. Além de que, nos três primeiros meses tudo é novidade para mãe e filho. Esta é uma fase de adaptação mútua, em que o bebê precisa se adaptar à vida fora do útero, pois seu organismo ainda é imaturo, pode ter cólicas, pode precisar de aconchego, de colo, sentir que está seguro aqui como estava lá dentro. Assim, a amamentação em livre demanda é uma continuidade da gestação, onde o bebê era nutrido continuamente. Cada bebê tem uma necessidade diferente, ele pode precisar no começo mamar a cada hora ou mesmo ficar mais de 40 minutos mamando, assim como de uma hora para outra ele pode passar a querer mamar apenas poucos minutos e menos vezes ao dia. Durante o aleitamento exclusivo, nos primeiros seis meses de vida, a livre demanda garante que o bebê seja nutrido e hidratado adequadamente. Nos dias quentes ele pode ter mais sede e mamar mais, bem como quando estiver em um pico de crescimento e pode precisar mamar mais. A livre demanda é uma forma de garantir que ele estará recebendo tudo o que precisa. A amamentação em livre demanda também é importante porque o leite materno muda no decorrer da mamada e até mesmo com o intervalo entreas mamadas. Na livre demanda o bebê controla o quanto quer ficar no seio e os intervalos entre as mamadas, assim ele controla o quando está ingerindo, pois ele bem sabe o quanto precisa.

A amamentação em livre demanda pode ser mantida mesmo quando a mãev olta a trabalhar. Quando a mãe estiver ausente, seu leite pode ser oferecido com horários, mas nos momentos em que estiver com o bebê pode continuar amamentando em livre demanda. Mesmo com a introdução de alimentos a livre demanda pode ser mantida, já que o principal alimento para o bebê até um ano continua sendo o leite materno, sendo os alimentos apenas um complemento a este. Assim, o bebê sabe o quanto precisa ingerir e aos poucos vai se adaptando aos alimentos, e vai passar a comer mais e mamar menos. Na amamentação em livre demanda, a mãe não se torna uma escrava do bebê, ela apenas respeita o seu tempo para criação de um ritmo. A amamentação em livre demanda pode ser mantida até o desmame, já que em uma relação saudável entre mãe e filho, a criança vai adquirindo segurança e desmamando naturalmente, no seu tempo, que pode variar muito de uma criança para outra. É o "fechamento" natural do ciclo da gravidez e do parto, segundo G.D de Carvalho, 2001"
Fonte: Matrice

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